quarta-feira, 3 de abril de 2013

Retalhos - Poesia de Fernando Matos


RETALHOS

Eu não te perdi... foi a minha inteligência
que estava um degrau abaixo
da tua apoteose de hipocrisia.
Sejamos Verdadeiros, embora separados.

Não estou triste pelo nosso desencontro,
vivo contente porque a Verdade ficou.
A vírgula que preencheu  minha Vida,
restou apenas um ponto final
que destes em nossos beijos.

A música espera por nós.
A bebida que acaba,
pede gelo de nossa distância.
Estou aqui, chego já ali...
estou distante e não te vejo mais nas paisagens.

A boemia acolheu-me quando
você abandonou nosso espaço.
O copo de cerveja escondeu
para sempre toda ira que desejava
te jogar na face transparente.

Nem sempre o numero (1)
quer dizer o inicio de tudo.
Assim também um adeus
não pode profetizar uma grande despedida.
A covardia do silencio existe,
para não macular a minha verdade.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano