terça-feira, 8 de outubro de 2013

MEDO - Poesia de Fernando Matos

MEDO 

Tenho medo do dia, 
Tenho pavor da noite. 
As duas metáforas da vida, 
Correr atrás de um futuro incerto 
E certo que no amanhã próximo 
Terei a despedida. 

Pânico com a violência 
Da carne que macula 
A alma, corrói a 
Transparência do Ser Humano. 
Quero a calma dos campos, 
Preciso do silêncio dos inocentes, 
Sou guerreiro e estou 
Presente na vida útil de alguém. 

A fraqueza me invade quando 
A solidão consume minha célula viva. 
Ouvir tua voz energiza minha 
Fortaleza e destrói a escuridão 
Das palavras... Te quero! 
Temo em não ter teus beijos 
Molhados e safados me sufocando, 
Pavor em pensar que estarei inerte 
Diante de corpo dourado e desavergonhado. 
Sou pedinte, íntimo e atrevido... 
Pusilanimidade que a idade invade. 

Fernando Matos
Poeta Pernambucano