sábado, 3 de maio de 2014

A BOÊMIA - Poema do Poeta Fernando Matos

A BOÊMIA

A boêmia do silêncio
Me criou, uma mesa
Com duas cadeiras e
Apenas um assento
Ocupado com a matéria
Invisível.

Boêmio não chora,
Lamenta a despedida
Em versos soltos que só
Se agrupam quando a
Ressaca termina com o
Nome, cheiro e cor
Feminina.

Os tragos, as geladas
Sempre veneram suas
Vítimas solitárias...
Gracejam e zombam
Durante toda noite o
Corpo inerte e moribundo
De estômago vazio e letras
Soltas na cabeça do mundo.

Terno branco, camisa vermelha,
Sapato bicolor, gravata desarrumada
Nas ruas de tijolos antigos.
Hoje o poeta ressurge sóbrio
Sem falsos amigos, continua escrevendo
No silêncio os verso profundos à pessoa
Amada, esperando a hora exata
Para dedilhar o violão sem cordas.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano






quinta-feira, 1 de maio de 2014

POESIA EM VIDA

POESIA EM VIDA

Ando devagar
para melhor
aproveitar os retratos da vida.

Respiro melhor quando
o vento sopra a favor
das linhas imaginárias
refrescando a dor da saudade
e dando ânimo ao eterno
sentimento do amor.

Eu te amo,
Eu te quero... São palavras
que sempre irão trazer a
aproximação entre os seres humanos
e só os insanos conseguem viver
eternamente com suas desilusões.

O Poeta pode deixar transparecer
que sofre para em versos e prosa
completar sua poesia,
mas é pelo trabalho árduo
do dia  a dia que trazemos do invisível
a insustentável leveza do Ser  Humano.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano