sábado, 5 de dezembro de 2015

Estância

Estância

Ansioso na espera
De uma carta a moda antiga
No entanto a notícia vem
Em envelope lacrado
Deixando me triste,
Angustiado... 



Um sentimento novo
Toma todo meu espírito,
Meu corpo agora purifica
A raiva é meu próprio veneno. 


Súplica a Força Divina
Permutando valores
De uma alma que se destina
À vitória sem custo. 


Uma longa estrada percorreu
Não sei se a vida foi boa,
Lamentos de tudo que vivi.
Nem o sol me alegra
Apenas a solidão
De uma carne inquieta
Esse coração cansado. 



O bom guerreiro sabe a hora
De aceitar o fim da batalha.
“Combate a boa batalha da fé.
Toma posse da vida eterna,
Para a qual foste convocado,
Tendo já realizado boa confissão
Diante de muitas testemunhas.”
(Timóteo 6:12)
Guardo a imagem da equipe
Guerreira que junto a mim
Fez o impossível, sem guardar nomes
Levo comigo apenas a lembrança
Da Enfermagem, também chamada Esperança. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano




sábado, 7 de novembro de 2015

SERTÃO


Direcionando a rota
A ser dirigida, sigo a direção
Pré determinado... Longe estou
Caminhando por estradas do nosso sertão.


Montanhas que parecem mais
Gigantes adormecidos.
O tempo emurchecido, quente e abafado
Faz o lugar esquecido do poder...
A sede aqui é pela fé que se carrega
No Divino Ser...


A sabedoria popular é correta
O único alimento básico é a poeira
Amarelo alaranjado nutrindo o vazio
Do Ser Humano e também do gado.




Casas enormes e lares pequenos
Compõe o quadro vivo de um lugar
Deixado para trás, a mutação agora
É para quem (só)brevive ao meio
Do nada que já foi promessa do mundo.


Refaço o caminho de volta
Contemplando o voo do carcará.
Uma cruz me chama atenção
Me pergunto se a canção da despedida
Foi a melodia do combalido,
Antes forte, bravo e viril... Agora eterno.


Salve esses bravos irmãos
Que a verdadeira
Educação
Foi da Vida na lida...
Todos nós trazemos um sertão no coração.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

BRASILEIROS SEM COR

BRASILEIROS SEM COR 

Os tempos de infância e juventude ficaram nebulosos em um futuro sem imagem... Assim vivemos hoje no País Rico Chamado Brasil. É lamentável viver do jeito que estamos vivendo. É triste continuar sem perspectiva de um novo amanhecer, onde foi que erramos? 


Hoje 7 de setembro deveria ser um dia de muito orgulho para todos os brasileiros. Uma data cívica, onde poderíamos fazer uma grande festa verde amarela e dizer de peito aberto SOU BRASILEIRO. Entretanto acordamos e ao ligar a televisão observamos nos teles jornais informes não agradáveis aos nossos ouvidos. Crise na saúde, crise na segurança pública e criminosos perigosos recebendo salvo-conduto para passar feriados em casa (roubando e matando), uma educação falha sem estímulo aos futuros profissionais de uma grande nação... VERGONHA. 


Por favor tem outro sentimento que eu possa usar aqui neste manifesto antidemocrático, mas com verdades de quem almeja o melhor para seus descendentes? Sei que poucos irão ler estas linhas vermelhas que são um reflexo da situação do nosso amado Brasil, outros apenas irão “curtir” porque talvez tenham receio de se manifestar, outros pior ainda irão me criticar dizendo que não vejo mudanças no país... SACANAGEM. 


Cansei de pedir RESPEITO por nosso país, agora eu exijo e vou até as linhas de frente mostrar que esse Governo Corrupto manchou nossa bandeira e atualmente somos Brasileiros com uma Bandeira sem Cor. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Enfermeiro




sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Detentor

Detentor

Não posso mudar o passado 
Onde envolvido em aventuras 
Passei por perigos e fortes 
Desventuras... 

Creio na renovação, na mudança 
No olhar sincero, limpo e bonito de uma 
Criança... 
Que consegue mostrar ao mundo hostil 
A certeza de uma esperança viva. 

Gerir o próprio destino 
Não é fácil, mas também não será complicado, é 
Aceitar as dores e felicitar as alegrias que 
Nos faz Homens marcados com glórias 
Todos os dias. 

O grande guerreiro não é um galo de briga 
Solto em qualquer 
Terreiro... 
O Guerreiro de Luz é detentor da força, da Verdade 
Que transforma o “seu” em nosso, 
Que se faz crescer quando menino 
Até o apogeu de sua plena idade. 

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




sábado, 15 de agosto de 2015

Subindo o Morro

Subindo o Morro



Era uma noite clara de sábado, clima suave e a solidão perturbava meu silêncio. Então resolvi sair, peguei a chave do carro e sem rumo fui buscar respostas... Ao subir uma ladeira me deparei com um bar simples, calmo como o meu solilóquio, uma radiola de ficha ideal para minhas perturbadoras ideias. Sentei, pedi ao garçom uma gelada para melhorar o verso e ali começava uma longa conversa de um poeta e três cadeiras vazias.


Aí foi que de longe te avistei, não gritei teu nome por educação, gesticulei com a mão e com graça você veio até minha presença... A conversa seria longa. Papo de bar não é lá tão intelectual, mas quem disse que eu estava afim de conversa nobre? Entre geladas e tira gostos, uma química muito forte surgia, já não eram os olhares inocentes, a cadeira mais perto e então... Um beijo.


Para quem estava em solidão aquele encontro caiu como um presente da deusa Afrodite. Uma conversa a mais no ouvido e saímos do bar, com destino pre determinado... A alcova dos desejos.


Uma replica dos castelos orientais, a luz vermelha e música que nos remetia a viagens pelo deserto. Minha mão quente e voraz já arrancava sua roupa com desespero de adolescente, ela atrevida e faminta cravava suas unhas em minhas costas. O frio da alcova já não era suficientemente para tanto suor misturado. Corpos unidos, nos dirigimos para piscina e ao ar livre sucumbimos nossos corpos na união perfeita do concavo e convexo. Gritos ecoavam pelo ar, mas eram alaridos de fruição e ela na sua melhor performance de bailarina dos sete véus sorria junto com as estrelas.


A noite não é tão longa quando estamos em perfeita sintonia. Veio o amanhecer e junto uma despedida... Para Sempre.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano
http://poetapensadorfernandomatos.blogspot.com.br/



terça-feira, 11 de agosto de 2015

Paternidade

Paternidade

Caminho todos os dias entre
Esquinas de recordações,
Tento trabalhar as lembranças
E emoções vividas por toda a
Família.

Hoje a tristeza da partida fora
Renovada em alacridade  de uniões
Trilhamos novos rumos
Construindo com as novas gerações
Mundos atualizados de acordo com
A Vontade Divina.

Lições foram guardadas no âmago
Espiritual e não há  um só momento
Que não seja para desejar-lhe
Em oração ou pensamento,
Aonde quer que estejas
Paz, Iluminação e Felicidade.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano






sábado, 4 de julho de 2015

Poeticamente Louco

Poeticamente Louco


É complicado explicar o que é
Ser feliz, ou sentir uma dor de saudade
Quando a vida ainda existe na carne.
Por muito tempo perdido na Solidade
Das estradas esquecidas onde o “Eu”
Era “Nós” fora de uma quadrado perfeito.
Somos o contrário de angustia, sofrimento
Tudo não passa de uma mentira sem
Saída, amor frustado que se transforma
Em ferimento...
O mar é som dos nossos corações
A lua dos namorados é nossa,
Os pássaros cantarão nossas eternas canções.
The sea is the sound of our hearts
The moon Valentine is ours,
The birds will sing our eternal songs.
La mer est le son de nos coeurs
La lune Valentine est la nôtre,
Les oiseaux chantent nos chansons éternelles.
El mar es el sonido de nuestros corazones
La luna de San Valentín es la nuestra,
Los pájaros cantan nuestras canciones eternas.
Que importa a tradução se na imensidão
Dos desejos, sofremos a despedida
Sem direito a olhar para trás
Causando desilusão, ficando no fim sem você.
Explodimos por dentro dilacerando
A alma viva e sem direito de nascer
Na luz do sol de nós dois.
Fico calado e não procuro saber
Da sua vida, escrevo em linhas tortuosas
Para esquecer a fantasia de nossas
Palavras amorosas lançadas em um instante
De prazer e loucura.
Quando nasci poeta sabia que uma Vida
Nova se transformava de sonho em realidade
E de realidade em ilusão e de ilusão em amor intenso
E de amor intenso em uma loucura Poeticamente Vivida.


Fernando Matos
Poeta Pernambuco





terça-feira, 2 de junho de 2015

Desvairo

Desvairo

Minha alma reascende para um novo dia
E o que o desejo requer de pura e ampla
Alegria se transforma em angustia melancólica.
Uma conspiração oculta, inimigos vazios
Na tocaia do obscuro ser em plena
Transformação.

Permaneço calado, imóvel
No meu leito seguro, onde busco apoio
E não encontro na imensidão da cama vazia.
Me apavoro, todavia o escudo do meu espírito
É mais forte restabelecendo-me a confiança.

A pusilanimidade que invade meu amanhecer
Começa a se dissipar no fulgor da minha carne
E o Ser guerreiro veste novamente sua armadura
Reconhece a família e vai para mais uma Vitória.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano




sábado, 9 de maio de 2015

Piedade, Mãe.



Um choro, um grito de socorro
Vozes desconhecidas me amedrontam
Um suspiro ao longe reconheço,
O alívio de uma jornada inicial.
O frio do novo mundo agora é quente
Junto a pele, a carne macia...
Uma nova proteção noite e dia.
O afago, o primeiro sorriso
É o que para a longa caminhada
Preciso.
Lágrimas serão enxutas e transformadas
Em ensinamentos, já é hora de aprender
A cair e se levantar... Não tenhas medo,
Estarei sempre aqui para te ajudar.
Absorvo essa informação como um escudo
Eterno, magnifico, terno materno.
Aprimoramentos e contentamentos se misturam
No percurso da Vida.
Entretanto só as Mães tem a sabedoria
De entender que entre a Luz e a Escuridão
Existe a misericórdia... O Amor.
Incondicional sentimento que vamos
Entendendo com o passar dos minutos e horas.
Ontem o vazio, hoje a colheita do fruto
Maduro... Novas sementes, a prosperidade.
Renova-se a prole, agora de dois corações
Resiste bravamente novas gerações.
Toda Mãe tem a grandeza de transformar
O nada em tudo... A Piedade Divina, fez da
Piedade menina, mulher, esposa, filha e Mãe.


Fernando Matos (seu filho)
Poeta Pernambucano




sábado, 18 de abril de 2015

BREGA

BREGA 

Quando conheci o amor
Foi um sentimento de dor e alegria
Algo novo no ar, saudade de alguém
Estando sozinho, um pássaro feliz
Voando sem destino.

Contava as horas para o reencontro
O perfume mais cheiroso e na moda
Vontade de estar junto, colado, amassando
As roupas no momento crucial de um sarro
Delicioso... A inocência das carnes.

Me prendi em paixões infundadas,
Louco de desejo por loucas, atrevidas
E mulheres alucinadas todas quentes
Que trazia fogo nas partes, carentes de atenção.
O destino optou por afastar, então fugi por outros mares
Marinheiro sem porto seguro.

Hoje vejo a insegurança no amar
O lugar comum em dizer: “Eu Te Amo”...
As flores não tem o mesmo brilho
Nos braços enamorados, agora juntos
Amanha separados.
Se amar é brega, que seja eterno esse
Verso de um poeta altamente apaixonado.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Novo Regresso

Novo Regresso


O orvalho da manhã
Já cobre toda a cidade.
Nuvens cheias de energias
Vem a anunciar como será
O novo dia... A limpeza maior
Começa no espírito, purificando
O aleivoso encontro da folia.


Cai a chuva e com ela se vai
A tinta, a tristeza, a alegria
De apenas três dias...
Mostra tua cara folião multicor
E não te deixas abater pela saudade
De um beijo ou a despedida transformada
Em dor.


Dionísio agora dorme saciado
De prazer vividos e vívidos através
Dos regalos jovens e da sabedoria
Dos saudosos e triunfantes carnavais.


Evoé... O brilho da minha sobrinha seguirá a
Estrada até o novo regresso.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano




sábado, 24 de janeiro de 2015

O Bolero de Sábado

O Bolero de Sábado


No momento que você partiu
Meu coração ficou igual a 
Um navio naufragado...
Uma lágrima no rosto e o
Peito amargurado pela despedida.


Cada manhã  é um  sofrimento
E a certeza que quem perdeu
Não foi eu, nem você... O nosso amor
Ficou em pedaços e
Agora sofremos distantes
A consequência despedida
Em melodias de dor.


A lacuna maior vem  no sábado
Sem a parceria no salão
Um bolero sem nota,
Uma mão vazia a espera
Da bela dama de vermelho. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano

http://poetafernandomatos.blogspot.com.br/


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O ÚLTIMO CARNAVAL

O ÚLTIMO CARNAVAL 


Lembranças invadem 
Sem pedir licença 
Recordações coloridas 
Vão e vem em cores fortes 
E em outras partidas. 


Aquela fantasia multicor 
Hoje causa dor na saudade 
Fotográfica em álbum de borrões 
Pergunto onde ficou o brilho 
Folião? 


As mãos estendidas ao alto 
Exaltava Dionísio em sua 
Fertilidade primitiva.
Agora a idade regula a 
Forma criativa não perjurando 
O conteúdo da animação. 


O tempo muda e as canções 
Não passam de meras 
Recordações antológicas 
As pernas jovens não conseguem 
Saltar suas coreografias.
As tradições carnavalescas 
Terminam na ressaca moral 
Do despertar pagão. 


Guardo o sorriso como bússola 
Que me guiará aos confetes e 
Serpentinas... Marcha Palhaço 
Seguindo o coração pulsante da 
Sua colombina. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano