terça-feira, 2 de junho de 2015

Desvairo

Desvairo

Minha alma reascende para um novo dia
E o que o desejo requer de pura e ampla
Alegria se transforma em angustia melancólica.
Uma conspiração oculta, inimigos vazios
Na tocaia do obscuro ser em plena
Transformação.

Permaneço calado, imóvel
No meu leito seguro, onde busco apoio
E não encontro na imensidão da cama vazia.
Me apavoro, todavia o escudo do meu espírito
É mais forte restabelecendo-me a confiança.

A pusilanimidade que invade meu amanhecer
Começa a se dissipar no fulgor da minha carne
E o Ser guerreiro veste novamente sua armadura
Reconhece a família e vai para mais uma Vitória.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano