terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sinais Vitrais

SINAIS VITRAIS


É manhã, fardo.
Respiro, inspiro,
Inspiro-me na mansidão
Do leito vazio codinome
Solidão.
Banho-me e iludo-me
Em pensar que a limpeza
Também será por dentro,
Impurezas de pensamentos.

Sinto fome, mas as palavras
São magras não alimenta um
Pobre moribundo poético.
Patético nutrir-se de ilusões
A desnutrição vem de dentro para fora
A carne magra não mostra as aptidões
Do corpo ausente na vida.

A sede enfraqueceu o sangue vivo
Lenitivo amargo no sabor
Necessidade de água viva
Limpa e pura como minha visão doentia.

Por que sofres poeta?
Por que tanta dor poeta?
Por que iludir-se poeta?
Para purificar minha alma
Em alerta, meu mundo não é aqui
Pertenço a linha e versos.

Caminho pela imaginação
Observo a criação artista
Em vitrais, a profana imagem
Humana no sexo sentimentalista.
São sinais vitrais traduzindo
Informações nas entrelinhas dos casais
Onde o sexo é a forma mais viva da vida
Reanimando os sinais vitais.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Frevo Mais

FREVO MAIS

Todo folião carrega
Em seu coração uma alegria
Dionísica que transcende
A catarse levando em seu
Sorriso o brilho da sua fantasia
A coragem de transmutar-se
Em energia noite e dia
Nas ladeiras de Olinda
Ou no asfalto antigo das ilusões
Recifenses.

Somos brincantes em ritmo
Variado, reconhecido no mundo
Inteiro.
Um faceiro sentimento incessante
Nas cores de um galo
Gigante na beleza de sua carmine
Inspirando o frevo no passo real,
Nas canções eternas
Um fantástico bailar,
O frevo é mágico, é clássico
É jubilar a tristeza porque o Frevo é Mais.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano