quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Liberta a Ação

Liberta a Ação


Quem faz o que pode fazer
Não conhece seu real limite
Pois ainda haverá de conhecer
Aceite o convite...
Ultrapasse a fronteira do saber.

Um sonho realizado é um fruto saboroso
Sonhar com o amanhã requer cores
Deixar de ser andarilho vagaroso
Elevar seus verdadeiros valores.

Inspiração é sangue que ferve
Na estrada onde nada pode esperar
A noite é dia e os dois é madrugada.
Lugar onde versos de ficção
Maltrata o coração
Paixão se transforma em amor
No calor do doce beijo da amada.

Seguir na direção do astro rei
Ultrapassar os limites da imaginação
Ser caneta e papel da real criação
Porque somos nós guardiões
Da própria história...
Na memória de nossas concepções.

Coragem é entender o próprio medo
Sabedoria que vem das dores do íntimo Ser
Sua vida é Luz, não é brinquedo
É existir na vida de alguém
Que também possa reconhecer
O enorme brilho do teu enredo...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Triste Poesia

Triste Poesia



O sol tão alto e quente
Minha alma aqui fria e amarga
Descontente e sem luz
Nada que traga de volta a paz
Que os olhos traduzem em esperança.

A criança não mora mais em mim
É a última etapa do moribundo
O fim sem a alusão do recomeço
Até os acordes musicais que ecoaram
Alegria pelo mundo já não os mereço.

A vida terrena tem prazo de validade
Nem o acaso de certas ocasiões
Deixará a vitalidade renovada
A velha armadura deixou-a engavetada
Com receio de novas ilusões.

O vento esbofeteia a inerte tranqüilidade
Sacudindo o Ser e as águas que cortam
A cidade carrega a triste mensagem
De um adeus sem partida
A minha bagagem é apenas uma caneta
Um papel e nele escrito o último verso
A ser lido ao final deste dia... É tudo que peço.
Ao som da corneta no alto da montanha
Acompanhando o recital da triste poesia.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


domingo, 17 de dezembro de 2017

Essência

Essência



Caminhando pela beira-mar
Sem nada a esquecer
Nem tão pouco para lembrar
Fui surpreendido com uma Flor
Não era um grande arranjo
Mas resplandecia tanto calor.

Aquela singela flor mexeu comigo
Por um instante parou todo o dia
Envolvendo-me como um abrigo.
Emoção maior que jamais esqueceria
Foi aos poucos mexendo também
Com os meus sentidos...
Minha visão viajou muito além
Dessa realidade mortal
A brisa que nos envolvia
Aos ouvidos da íntima alma
Era celestial melodia
O perfume embriagador foi transformando
Todo e qualquer ódio ou raiva sentida
Em êxtase da mais essência vida de amor.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Grande Esperança

Grande Esperança



Quando acordei e sem perceber
Encontrei uma lágrima no travesseiro
Pensei ligeiro, será que realmente
É minha? Agora como proceder?

Tentei relembrar o sonho passado
Mas logo fiquei amargurado
Pela traição de minhas lembranças
Tudo era névoa nada podia
Naquele novo dia ser relembrado.

Tudo agora será uma interrogação
Para tal evento não sei se foi boa
Ou ruim tal emoção...
A única certeza que os olhos confirmam
É a alegria de uma criança
Chamando “papai”, bom dia.
Um despertar da Grande Esperança.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Estância

Estância



É chegada à hora de recordar
Sem motivos aparentes a certeza
Que nem tudo será fiel em nossa
Mente tão improdutiva em longos
Anos de estrada em que caminhadas
De espinhos com cheiro de rosas
As águas purificam o corpo
Todavia o ar se responsabiliza
Em limpar as lembranças
Brisa de emoções por vezes amareladas
Lamentavelmente nem todos serão
Lembrados na história humana
Imagens guardadas no intimo peito
Por vezes então levadas ao leito
Noturno ou de morte na esperança
Que um dia tenhamos sorte de mais
Um abraço de saudade ou pondo fim
A um desejo infinito e assim continuar
Essa maravilhosa jornada enfim
Porque toda poesia inspira fantasia
Entretanto é a vida que se encarrega
Da longa despedida, levando um adeus
No lenço branco bailando ao vento
Sem compor uma melodia de recordação
Guardo o brilho de uma estância no pensamento.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Semelhante

Semelhante


Sempre será possível fazer a diferença
Criando possibilidades de renovação
Buscando o sentido puro da Criação
Unindo elos de energia com a presença
Viva do seu Ser Maior fluindo da crença
Onde o equilíbrio não dependa do ódio
Mas a tão sonhada Paz seja o nosso ópio
De alegria, prosperidade e rejuvenescimento
Respirar o ar da liberdade a todo o momento
Juntos, estaremos no mais alto pódio
Revelando a Luz da Vida em mais um episódio.

Somos filhos da mesma Energia
Que nos guia a todo instante
Na estrada da purificação
Elevando aqueles que creem na evolução
Seguindo seguro no caminho sem fim
Ai de mim se o mundo fosse um vazio
Sem cor, ausente de brilho e de amor.
Liberdade é o Ar que se respira com a Alma
Sem causar trauma ao seu semelhante.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quarta-feira, 22 de novembro de 2017

União de Pensamentos

União de Pensamentos


Parte l 


Natal dos homens?
Natal de Deus?
O que comemorar?
Algo aconteceu ao Ser Humano
Que o deixou insano à Verdade
Plantou em seu peito a maldade
Apegando-se ao impuro material
Esquecendo que o pior mal
É aquele cometido a si mesmo
Envenenando a Luz Espiritual.
Natal não é presente
É estar presente na vida de alguém
Levar a Boa Nova sem escolher
Ninguém...
Natal não é a mesa farta
É ter uma vida grata
Porque o que une o Homem
Ao Seu Criador sempre será
A Gratidão que carrega em
Seu coração...
Natal é o início de uma nova jornada
É o respeito ao seu semelhante
Seguir adiante apesar da caminhada
Hostil e cruel
Natal é cobrir-se com o véu do amor
Estar preparado para o novo caminho
Sem ódio, pobreza e tudo de ruim
Que nessa vida for...
Unidos pelo pensamento
Estaremos a cada momento
Dos nossos valiosos dias
Entoando a melodia da Paz,
Do Bem sem ver a quem.
(Fernando Matos)


Parte ll: 

O Verdadeiro Sentido do Natal é Amplo e Geral



O direito de nascer é o sentido do Natal
Nascer e crescer faz merecer a paz sonhada
Representada por uma mesa
Com velas coloridas acesas
Uma árvore artificial e dizendo
Oh oh oh oh feliz Natal
Natal de Luz se faz com JESUS
Com o coração leve
Com solidariedade e não neve
Vamos olhar os menos afortunados
Que alguns chamam de coitados
Vamos mudar filosofia de comemorar o Natal
Cheio de formas e cores
Mesa farta com sabores finos
Vamos rezar e cantar hinos
Vamos enaltecer o verdadeiro Espírito Natalino
Louvando e dizendo
Rendendo graças ao REI MENINO.
(Margarete Cavalcanti)



Fernando Matos e Margarete Cavalcanti (Poetas pernambucanos)

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Confiança

Confiança


Nada é por acaso
De fato essa é uma Verdade
Devemos ter a certeza
Não importando a idade
Essa será a nossa Fortaleza.
Toda dúvida se resolve na Oração
Pois o Verdadeiro Guardião
Carrega a chama da clareza
Em seu coração.
Se um dia pensares no abandono
Espiritual, escute que já viajou
Sua palavra de Fé os livrou
Dos infortúnios e agora
Glorifica a Realeza em Seu Trono.
Apenas o Sol sabe e vê
O que se passa no Coração da Noite...
Aos olhos marejados que tudo Crê.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Amor é Real

O Amor é Real



Choro quando fecho os olhos e grito em silêncio nos sonhos... Chegamos a certo ponto de nossa frágil vida com a perspectiva inversa de tudo que um dia foi planejado. Aquele olhar de águia agora fora transformado em visão de sabedoria da doce e generosa coruja... Metáforas a parte, pois quem é artista traz no seu dia a dia a arte e a noite todo canto é poesia, presente de Deus aos filhos guerreiros na Terra Prometida.


Por que paramos de acreditar no invisível? É mais fácil segurar com alegria o que é material ao sentir a força do universo pulsando no espiritual? Ao deixar de crer tudo desaparece, inclusive a Luz... O que sentimos ao ouvir uma melodia harmoniosa? É nessa hora que observamos quem somos o coração bate mais forte, suave é a respiração, os olhos ficam marejados. Estamos perdendo a ligação mais forte com Deus, quebramos o espelho da vergonha destruindo o reflexo da Verdade. Qual foi o último abraço prazeroso ofertado e recebido na ocasião da caminhada? Julgar não faz o Ser Humano melhor, pois pelas mesmas ferramentas virá a ser castigado. Vivemos em ciclos para avaliarmos como Ser existente no Universo Presente sem revelação do Futuro e claramente destruímos isso na Clara Mente vazia, esquecendo na caixa do Passado a alegria plantada com Amor Real pelo Divino Criador. Somos semeadores gerados na Grande Árvore da Vida distribuindo sementes de Esperança até a volta prometida... Eu voltei à estrada e busco forças para seguir sem o medo de desistir, porque “Nada Acontece Por Acaso...”


Uma Criança ensinou-me a sorrir novamente, na lembrança guardo o contentamento vivido por alguém querido pelo mesmo sorriso puro e verdadeiro... Genética que nos faz Herdeiros da Criação.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

domingo, 12 de novembro de 2017

No Meio do Nada

No Meio do Nada


Vamos nos encontrar?
A opção seja no meio do caminho
Deixando os sonhos filtrar
Toda negatividade retirando o espinho
Favorecendo a energia à Luz Brilhar.

Vamos nos encontrar?
Despertando toda nossa velha memória
Histórias perdidas no livro a evocar
À lucidez da outrora oratória.

Vamos nos encontrar...
Quem sabe no meio do caminho
Sugiro um brinde à beira mar
Lá tudo fica escrito no pergaminho
Da vida de promessas...

Vamos nos encontrar...
Mas no meio do nada
Incitar toda a lembrança
Esquecendo nossa mudança
Física e espiritual...
Dar um abraço nostálgico
Onde tudo pode ser mágico
Antes do adeus final...

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Alacridade

Alacridade


Todos têm um sonho de criança
Eu também amparei um há anos
Utopia boa com vasta esperança
Sem a sombra feroz da decepção

A particularidade de um Ser
É estar vivo em alguma dimensão
Continuar o devaneio de viver
Uma existência sem o lacre da ficção.

A visão vai além dos olhos cegos
Todos almejam um afeto, um agrado...
Espontaneidade viva em vários egos
Alacridade do anseio consolado.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Proposital

Proposital

Nenhuma dor é acidental
Algumas acompanham flores
Trazendo falácias às suas dores...
Intenções que causam ritual
Aos olhos de quem ver tudo normal.
Nem todo pecado e premeditado
Ilusão é a força do sofrimento planejado
Onde cada manhã nasce cinzenta
Só o verbo na primeira pessoa agüenta
Demarcando um novo território sem resultado.

São poucos que ouvem gritos noturnos
Musical de partitura única
Gemidos ocultos sem culto à sagrada túnica
Todos têm uns semblantes taciturnos
A sofreguidão adormece se ficam mudos
Ainda há Luz na terna escuridão
Preparando os inocentes para elevação
Ruídos de clamor antes da partida
O vestido preto amassado na despedida
Por favor, acenda-me uma vela sem obrigação.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano












segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Coração do Altíssimo

Coração do Altíssimo



Senhor Divino Pai Eterno
Nessa Vida não possuo riquezas
A inveja alheia causa-me dor
Atingindo a minha família... Tristeza.

Rogo a Vós Grande Arquiteto do Universo
Com os joelhos ao chão
Escutai minha humilde oração
Que Te oferto em forma de verso.

Grande Chama que não arde, Purifica.
Socorrei-nos contra as investidas dos inimigos
Mostrai-lhes Senhor Absoluto
O quanto é o absurdo viver na escuridão
Unamo-nos em correntes de Fé e Oração
Para chegarmos ao Coração do Altíssimo
Irmanados na Luz que nos transforma em amigos.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



Reagir Naturalmente

Reagir Naturalmente



Ando sobre espumas da natureza
Contemplando a beleza a Criação Divina
E parece uma sina
Ser cúmplice da Destruição Humana
A Força da Natureza
Podem ter a certeza que além
Da compreensão do Homem
A capacidade de renascer
Na consciência dos atos falhos
Responsabilidade em Viver
Na Terra que teima em reagir
A favor da vida que os humanos
Tentam consciente (mente) destruir.



Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Eterna Magia

Eterna Magia



Quando o último orvalho cair
Há de surgir uma linda flor
Chamada saudade...
Não mais maltratando a idade
Que mutila atroz o que há de melhor
Entre nós...
O aroma do campo silvestre
Será o perfume do nosso corpo
Agora torto pelo tempo com lembranças
De crianças vívidas
Cheio de alegria
Igual a última poesia declamada
Ao íntimo ouvido da Mulher amada.
O calor da tarde será substituído
Pelo atrevido frio convidando nosso Ser
A um relacionamento mais animado
Recordações dos velhos tempos
Guardados na esperança que um dia
Tudo seja perpetuado...
Onde o universo começou
No olhar da eterna magia.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Viver

Viver



Chego à conclusão que nenhuma vida
Teve início ou terá um fim definitivo
É instintivo querer permanecer sem partida
Onde tudo não passa de um fator relativo.

O doente ainda vive em conflito com as dores
Viver ainda é preciso, a batalha da continuidade
Os apaixonados choram dia e noite seus fúteis amores.
Quem ama vive mais e vai prolongando a idade...

Aproveitar a vida na melhor forma possível
Acreditando no que é certo para o bem social
Todo conhecimento vai muito mais do inatingível
Solução perene no controle do bem e do mal.

Viver a grande guerra dos pensamentos
O maior inimigo faz morada no seu interior
Logrando assim gozos eternos dos momentos
Profundos e íntimos contra ou ao nosso favor.

Viver não é o grande objetivo da vida
Buscar, reconhecer e desfrutar informação
Do Criador à Criação...
Toda boa ação é análoga a formação humana
Atribuindo virtude a existência soberana.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Suave Brisa Poética

Suave Brisa Poética



Deleitando-me com uma Bossa Nova
Lembranças de um passado distante
O espírito todo tatuado foi à prova
Que a estrada foi bonita o bastante.

O vento bate lascivo no velho corpo
Andanças nos paralelepípedos saudosos
A saudade comprova que não estou morto
Ainda...
Recife, minha poesia de versos caridosos.

Não sou puro por ter sensibilidade
Também fui vítima de toda maldade
A melodia da Nova Bossa
Encosta no meu Ser pragmático
Estático ao som do violão
Mexe com o coração poético...
Vou ali e não sei se volto... Então.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano