quarta-feira, 29 de março de 2017

Sorrir com a Alma

Sorri com a Alma


Para cada aflição
Uma solução e o contentamento.
Tempestades no pensamento
Prazer na restauração do espírito
Antes em tribulação
Agora um grito de liberdade.


Em cada esquina uma surpresa
A visão no horizonte prometido
Não condene à mente a prisão
Tudo que foi tido é a solução.


A comunicação não verbal
Pode ser a solução contra o mal
O Sorriso Alegre de uma Criança
Rejuvenescendo a alma da Esperança.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





terça-feira, 28 de março de 2017

La Muerte

La Muerte


Admiração só à distância
Sentimento perdurado
Receio que provoca essa circunstância
Destino de todo legado.


Músicas, poesias e poemas.
A existência tão almejada
Dúvidas finais é o dilema.
Tentativas de fuga ariscadas.


Tudo é sonho ou pesadelo?
A imaginação flui na mente atenta
Ao longe te admiro com desvelo.
Desconforto físico e psíquico que tormenta.


Cabelos longos, pretos e sem ondas.
Vestido azul-turquesa cintilante
Nunca descansa eterna ronda.
Perfume inodoro pelas vias desfila
Toque frio e sombrio nos afronta.
Face revelada, nova morada asila.
Vida e morte que nos obriga,
Cada uma segue sua monta.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano








sábado, 25 de março de 2017

Era Sábado

Era Sábado



O tempo não é perverso
Vivemos mundanamente
Desejos conspirando com o universo
Alegrias vividas paralelamente.



Foi em um dia de sábado
Eu ainda cansado da labuta
Ansiava por encurtar a distância
Jovens sonhadores exalando fragrância
Coração pulsando de desejos
O corpo clamava o abraço, a boca teus beijos.
A nossa canção repetia várias vezes na rádio.
Tanto para dizer e o verbo amordaçado
O buquê com rosas vermelhas e dourado laço
Anunciava o encontro dos apaixonados...
A perfeição não pertence ao Ser Humano
Leve engano sonhar tão alto
Sofrer de assalto e desilusão da conquista
Nenhum artista merece morrer fora do palco
O oráculo renunciou a resposta da vida
Triste foi sua partida, embriaguei-me na solidão.
Senti-me roubado e amargurado.
Tudo aconteceu nesse dia e Era Sábado...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





quinta-feira, 23 de março de 2017

Árvore da Vida

Árvore da Vida



Equilíbrio é uma luz na escuridão
Simboliza a fraterna unidade
Física e espiritual da reencarnação.
Espíritos unidos à bondade...


Cansei de olhar no espelho
As chagas deformaram o propósito
Educação repleta de conselho
Sangue vermelho tornou-se espólio.


Bebemos do mesmo vinho desconhecido
Embebido pela taça do mal
Sofreremos na imagem familiar
A realidade aninhar seu efeito colateral.


Ensinaram-me na estrada do bem
Conheci o percurso doloroso do mal
Hoje marcho mutilado no caminho do meio
Conformidade dos fatos, o santo graal.


Não há limites para a maldade
A felicidade é fragmentada
Crueldade que alimenta o destino
Mentiras de uma luta acovardada
Fatalidade da glória de todo peregrino.


Sofro calado...
Só os lobos ouvem o som puro do coração.
Fatigado sento a beira da estrada...
Apenas as árvores guardam a sombra da emoção.
Fustigado feito gado...
Não guardo rancor dos espinhos na minha mão.


Confiança é um fragmento humano
Constituído por laços de vento.
Respiração ofegante...
Tornei-me amante do silêncio das almas.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano








segunda-feira, 20 de março de 2017

Medo de Mim

Medo de Mim



Estado emocional abalado
Provocando desequilíbrio
Receio o perigo, fico calmo.
Pensamentos infrutíferos, meus inimigos.


Sentimentos sem razão
Emotivo choro calado
A noite é minha inquietação
Tormenta minha ilha, exilado.


Escrevo para minha consciência
Grito alto por socorro
O temor do reflexo é iminente
Já não há flores no jardim... Morro.
Desagradável medo de mim.



Fernando Matos
Poeta Pernambucano






Carta Para Um Amor Impossível

CARTA PARA UM AMOR IMPOSSÍVEL

A dor que só passa com a certeza do abraço. É assim que com saudade me lembro da pessoa que outrora em companhia enchia minha vida de alegria e prazer. Pobre coração de poeta que vive e sobrevive da melancólica lembrança e em versos solitários preenche sua jornada sem a ternura do calor da grande amada.

Olhos que iluminam um oceano de ilusões, lábios vermelhos rutilantes que inebriava o eterno boêmio das canções noturnas. O meu ninho era o recanto naqueles seios fartos de calor e carinho. Braços que me guardava da solidão e nos tornava uma só carne, um só desejo... Um calor, suor orgasmaticamente delicioso, assim era a gruta inexplorada do teu corpo.

Leva contigo meu amor impossível a certeza de que aonde nossos caminhos se cruzarem minha voz irá sussurrar no âmago do teu espírito: “EU TE AMO NÃO IMPORTA O TEMPO”



Fernando Matos
Poeta Pernambucano

domingo, 19 de março de 2017

Sonho de Todos

Sonho de Todos


Imaginar que as ações diárias
Pode revelar segredos de diários
Fonte de criações imaginárias
Versos das estrofes do íntimo relicário.


Ilusão guardar tanto sentimento
Sementes foram feitas para germinar
Poesias que transmitem reflexões e alento
Emoções da alma com ideias a comungar.


Devaneio que parecia inatingível
Partilhar com grandeza e amabilidades
Sonho de Todos torna-se possível
Reunindo a nobreza de fortes amizades.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano










quinta-feira, 16 de março de 2017

Céu Negro

Céu Negro



Tento correr e não consigo
Combater o invisível e não crer
Solicitar ajuda, ainda persigo.
Minhas pegadas sangrentas fazem percorrer.


Estou abalado na jornada
Perdido na floresta humana
A vida agora... Estou esquecido.
Crucificado na cruz romana.


Não posso parar a caminhada
O silêncio me consome
O trajeto é curto e a fé queimada
Estou partindo e ainda não sei o seu Nome.


A noite é intensa e cruel
Sofreguidão e todos estão surdos
Amargura retira teu véu revelando
O céu negro, espírito mudo.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





segunda-feira, 13 de março de 2017

Cultivo da Felicidade

Cultivo da Felicidade



“Eu” semeador da Luz
Caminhar seguro e sem medo
Nas Veredas da harmonia
Entremear à Vida sem segredo
Sendeiros da dor em romaria.


Deitar em campos vastos
Cultivar a beleza viva
Corpo natural de um sonho casto
Natureza bela e objetiva
Frutificando em corações
Ainda humanos...


Não semeio ventos
Fertilizo energia em pensamentos
Onde o falso provém
Que germine a Verdade do bem
Se houver a maldade no olhar
Que o Bem seja meta a seguir
Que as trevas se dissipem já
A Força do Belo há de surgir
Recomeçar apenas quando
Entregarmos nossas dores a Deus.



Fernando Matos
Poeta Pernambucano




sexta-feira, 10 de março de 2017

Grão

Grão


Meu silêncio é mudo às vezes
Em outras ocasiões perturba a dor
Permaneço surdo às emoções
Vivendo momentos sem fogo interior.


Falo e chego até a gritar contra o eco
Entretanto são poucos os créditos
De um longa-metragem imaginário
Sentimento oblíquo e confuso
Sem definição em dicionário.


“As Rosas não falam...”.
Mas são as que melhor exalam o amor.
Amor é única semente
Que não precisa ser plantada
Germina na atmosfera da Gratidão.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quarta-feira, 8 de março de 2017

Consciência

Consciência


Esquivo-me dos devaneios
Que assolham minha quietude
Mórbidas lembranças sem esteios
Paz murmurada onde não há saúde.


As ilusões permeiam corações
Insana qualidade humana
A loucura que não mata mais cura.
Busco as alucinações do mundo perfeito.


Exalto o invisível elemento carnal
Palavras soltas na escuridão
O medo é uma consequência emocional
Ansiedade sem razão inquieta ação.


É preciso ter medo para entender o medo
É preciso Sentir a Paz para perceber
O grande mal do desassossego
Apego desagradável de ser e perder. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano







Pela Última Vez

Pela Última Vez


Já faz tanto tempo
Mal sabíamos andar
Eram momentos raros
Fatos na memória a guardar.


Comunicação feita pelo olhar
Antecipávamos cada pensamento
Parecia uma magia forte no ar
Hoje já não temos esse momento.


A comunicação continua entre olhares
Inversão do posicionamento
Conheci-te na maravilhosa chegada
Agora na partida amargurada.


Não iremos cobrar ou lamuriar
O tempo é de gratidão e sensatez
A vida foi rica em proporcionar
O nosso encontro pela última vez.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano






sexta-feira, 3 de março de 2017

Acalanto

Acalanto


Moro no silêncio das palavras
Letras que me denunciam
Inspiram minhas escaladas
Verbo silenciar dos dias que terminam.


Aquela mesma ausência de barulho intimo
Vorazmente perturba minha inquieta mente
O som musical é murmúrio espiritual
Caminho o qual já o vejo claramente.


O silêncio é falso e enganoso
Destrói e cria destinos estranhos
Na intimidade mistura-se ao gozo
Incomum comportamento mentiroso.


Repouso minha voz na história
Tudo teve sabor de conquista
Árduo é a disciplina da glória
O violonista é o solista da minha partida.  


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


Lágrima Pintada

Lágrima Pintada


Antes era tudo em preto e branco
A imaginação permeava as cabeças
Acredite no espanto ao ver o colorido
Não existe dúvida na recreação
Todos participam e tudo é permitido.


No ensinamento doce e inocente
Vivemos cada dia um novo aprendizado
A criança antes temerosa das cores
Agora brinca alegremente...


Nostalgia que invade a velha mente
Trazendo alegria na história de uma personagem
Foram tantas tintas que escondiam
A face triste vivida
Um dia as tirou só restando a despedida.


Hoje o olhar cansado
Vivendo no presente
As dores do passado.
Resta ao eterno palhaço
Agradecer o sorriso encantado
Os aplausos vívidos
Após cada cortina fechada
A saudade contemplada
Em uma lágrima pintada.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano