segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Lugar de Poesia

Lugar de Poesia



Lembranças que agora afloram...
Um livro na grande estante
Postiça vida solitária iminente.
Valente coragem mostrou outra paisagem
Dirigindo-me no instante
Às palavras construídas em linhas métricas
Um mundo encantado, eu ali descobria
Foi à primeira paixão
Nascia o amor pela poesia.

Livros que agora perdidos no tempo
Rememoro o fascínio das figuras
Ilustrativas guiando meu pensamento
Trazendo paz, livrando-me das amarguras.

Saudosa fase de uma vida
Escrita a tinta na folha de papel
A paixão a mulher pretendida
Construía pequenos versos
Intenções de um amor fiel...

Desventuras surgiram na estrada
Onde sonhos eram presentes
Sentia o amargo da jornada
Forjava-se então o guerreiro da Luz
Em traduzir a dor em versos docemente
Ao fardo pesada da cruz.

A descoberta foi um lampejo
Na madrugada solitária e infinita
Ainda hoje escrevo alegremente
Para a morte que de longe grita
Com o mesmo amor latente
Vivo essa vida contente em versos
Por vezes provocantes e audaciosos
Em outra ocasião, perversos com a alma
Que acalma quando o calor do sol
Invade o coração poético...
Não sou cético, a Luz pertenço
Sem esquecer que em nenhum
Momento a espontaneidade poética
Mesmo que não seja tão métrica
Fez história com toda dificuldade
Risos, choros, alegria e tristeza
Deixa a certeza da conquista
Com lágrimas de felicidade
Afirmo sem hesitar à partida
Já estou com saudade...

Lugar de Poesia é no papel
Onde o sangue do poeta
Faz-se presente como troféu.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano
















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