terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Pelas Ruas que Vou


Pelas que Ruas que Vou



É ali onde às pessoas conversam
Na folia aberta do largo varadouro
Blocos e troças o ancoradouro
De olhares que se encontram.

Sorrisos ingênuos se encantam
Subindo a quinze de novembro
O sorriso lindo... Ainda me lembro
Brilhos de Pierrot e colombina extasiam.

Na Rua de São Bento o frevo cresce
Mercado da Ribeira a história se refaz
Folião de coração mostra o que é capaz
Nos Quatro Cantos o fogo logo aquece.

Subindo a Ladeira da Misericórdia
Resistência da menina e do rapaz
Mostrando a sua alegria e todo o gás
A folia não tem lugar para discórdia.

Tudo agora é um só bloco em canção
Descendo a Rua do Bonfim
A geometria do carnaval não tem fim
Que se entrega à folia da criação.

Pernambucano é com certeza assim
Um brincante sem moderação
Olinda onde tudo é invenção
Despeço-me num adeus sem fim.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano

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