quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ESQUECIDO VERSOS PERDIDOS - Poema de Fernando Matos

ESQUECIDO VERSOS PERDIDOS




Aceitar
a rejeição e ingratidão,
mas não concordar o
repelir  interpessoal.

Acreditar
nas palavras perdidas no tempo
perdido entre lençóis...
Não acreditar mais nas lágrimas
acolhidas  no recanto interpessoal.

Persistir
na busca do invisível que
sempre reflete no espelho
interpessoal.

Valorizar
o acordar da visão
verdadeira...
A cegueira interpessoal
está quase curada.

Ser
o que sempre foi
predestinado, o isolado
humilhado e solitário.
Otário sentimento interpessoal.

Assumir
que sumir entre versos é
irracional ao puro sentimento
das palavras claras e muito
(In) (Ter) (pessoal) .


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

"PORQUE" - Poesia de Fernando Matos

PORQUE

Por que tudo na vida
Tem uma chegada, um choro
Uma partida, um choro mais solidão
Aperto, vazio e coração triste?

Porque hoje não quero tristeza
Almejo o vento nas palmeiras
A sombra morna do final de tarde
Algo bom para se lembrar e
Incentivar um novo dia
Conjugando o verbo amar.

A vida nos oferece o balsamo
E escolhemos o fel, por quê?
O canto dos pássaros nos
Inspira ao Criador
E preferimos a lamúria
E o vestido longo da dor... Por quê?

Porque amanhã quando
Acordar vou estar de alma livre
Voar com os pensamentos
Cantar para renovar a felicidade
Que existe dentro de cada um de nós.
Porque somos livres quando
Praticamos a leitura, a audição das
Melodias eternas e cumprimentamos
O próximo com alegria no olhar.

A jornada não precisa de uma
Pergunta sempre
Porque viver e renovar votos
No amor, à vida que ressurge
E cresce em cada ventre fértil.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




terça-feira, 8 de outubro de 2013

MEDO - Poesia de Fernando Matos

MEDO 

Tenho medo do dia, 
Tenho pavor da noite. 
As duas metáforas da vida, 
Correr atrás de um futuro incerto 
E certo que no amanhã próximo 
Terei a despedida. 

Pânico com a violência 
Da carne que macula 
A alma, corrói a 
Transparência do Ser Humano. 
Quero a calma dos campos, 
Preciso do silêncio dos inocentes, 
Sou guerreiro e estou 
Presente na vida útil de alguém. 

A fraqueza me invade quando 
A solidão consume minha célula viva. 
Ouvir tua voz energiza minha 
Fortaleza e destrói a escuridão 
Das palavras... Te quero! 
Temo em não ter teus beijos 
Molhados e safados me sufocando, 
Pavor em pensar que estarei inerte 
Diante de corpo dourado e desavergonhado. 
Sou pedinte, íntimo e atrevido... 
Pusilanimidade que a idade invade. 

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PRIMAVERA CASUÍSTICA - Poesia de Fernando Matos

PRIMAVERA CASUÍSTICA

Após a chuva que inspira
A terra chega o perfume
E as cores que embala a vida.


Cenário cênico da existência
Que nasceu da perfeição
Composição cenográfica
Escrita pelo Pai da Criação.


Cada Ser na sua missão
Ecológica, a lógica da biografia
Humana que traz calor, luz
E amor entre os organismos,
Compondo a beleza da história.


Vitalidade que inspira nomes
Orquídea que lampeja cantos
E poesias, Girassol que clareia
Montes e campos Elísios, Lavanda
Que acalma a ansiedade os Homens
E perfuma a santa ceia.


Hortência, Violeta e Narciso
Que se estonteia com a beleza
Reversa. Petúnia, Margarida, Angélica
A condição própria, essência particular
De cada viva criatura casuística
A sutileza do criar.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano





quarta-feira, 14 de agosto de 2013

LENITIVO - Poesia de Fernando Matos

LENITIVO

Rasgo a carne com dores
Que melindram a alma
Solitária, algoz e penitente.
Sufoco o grito escondido
No olhar quente e agonizante.

Procuro voraz o balsamo que é
Soprado pelo vento eterno.
Almejo um olhar de divindade
Que ameniza os traumas sofridos
Pela idade impiedosa.

A oração silenciosa é o extrato
Perfeito para o calmante espiritual,
Olhar cálido, a Luz que procuro
No escuro da noite eterna... Sigo
Com meu olhar álgido.

Consolo minhas palavras com cores escuras,
Tintas do próprio sangue e a pena
Inquietante, suja e crítica também.
Vem intervir minha remissão maculada
Diplomaticamente... Meu Lenitivo
Desconcertante.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano






quarta-feira, 3 de julho de 2013

Teu Sorriso - Poesia de Fernando Matos

Teu Sorriso

Inicio o dia-a-dia
Com a satisfação de guerreiro
E trabalhador e a alegria do calor
Do beijo doce do amor
Infinito

Horas e minutos se passam
E entre uma tribulação e outra
Vem a saudade no coração, do aconchego
E do chamego dengoso da madrugada.
É a lembrança do lençol ainda quente e
Cheiro único feminino,
Irresistível amada.

Chego na tardinha matuta,
Fim da lida termino da labuta.
Agora é a conversa descontraída
Cheiro no pescoço, abraço que une
Corações. Só isso me basta...
Teu Sorriso de Mulher Escolhida.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano







quarta-feira, 12 de junho de 2013

Salmo - do Poeta Fernando Matos

SALMO 

Com os braços estendidos aos céus exalto 
O nome do Altíssimo Todo-poderoso, nosso Pai. 

Nas manhãs frias e geladas me aqueço no manto 
Quente do meu Pai. Nos dias escaldantes é o sopro 
Do Altíssimo que o alívio vem ao meu corpo, minha proteção 
Encontra-se na grande sombra Divina. 

Com os braços estendidos aos céus exalto 
O nome do Altíssimo Todo-poderoso, nosso Pai. 

Durante as tribulações e aprimoramento 
Diário recorre em orações as orientações 
Do Poder Divino, seguindo-as não enfraqueço 
Na minha jornada. 

Com os braços estendidos aos céus exalto 
O nome do Altíssimo Todo-poderoso, nosso Pai. 

Quando tudo parece perdido e os descrentes 
Se acham esquecidos é do alto que vem uma 
Grande Legião de Anjos e Arcanjos no socorro 
Aos Verdadeiros Filhos de Deus. O Pai não deixará 
Os inimigos escarnecerem de seus filhos amados. 

Com os braços estendidos aos céus exalto 
O nome do Altíssimo Todo-poderoso, nosso Pai. 

Minha armadura e meu escudo são forjados 
Na força das orações direcionadas e dedicadas 
Ao Deus Único e Todo-poderoso. 

Com os braços estendidos aos céus exalto 
O nome do Altíssimo Todo-poderoso, nosso Pai. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quarta-feira, 1 de maio de 2013

PERDOA-ME SE FOR CAPAZ do Poeta Pernambucano Fernando Matos

PERDOA-ME SE FOR CAPAZ

Se perder na estrada da memória emotiva, tem um preço. Éramos jovens e inocentes guardando emoções perdidas entre folhas do nosso caderno de matérias. Uma lembrança boba para momentos tão belos que nasceram através de um simples olhar e se perdeu ao dar as costas para ternura. 

Seguimos percursos diferentes, alternativos, complicados e quando me dei conta da desilusão no meu amanhecer já não estavas mais lá... A certeza da perda era inevitável.

Em frente e avante, porque o mundo dá voltas e quem sabe em uma dessas esquinas de olhares perdidos eu poderia encontrar meu olhar esquecido, doce e apaixonado. Sabor de fel, a Verdade dos nossos passos falsos em um mundo obscuro. Entreguei-me a loucura humana mesmo sabendo que só os malucos sobrevivem a uma demência social incurável. Em braços me deitei, me deleitei e sonhei os piores sonhos, em bocas de salivas frias me embriaguei igual a um bêbado sem rumo. Alcovas foram minha moradia e dia a dia tentava em vão encontrar a estrada de ouro e voltar ao ninho de carinho quente e afável. Orgasmos platônicos me fizeram algoz da minha carne e do meu espírito e cada olhar de amor entre pessoas estranhas era minha sentença de morte, caminhei, caminhei, até que...

Um dia sem querer cabisbaixo riscando o vazio do mundo encontrei você, muito mais bela, a mesma felicidade de outrora, o brilho radiante do olhar sadio e puro, cai na perplexidade e a bússola do verdadeiro amor trouxe-me de volta aos teus braços. No entanto nossas vidas mundanas, perdão, minha vida mundana era a grande diferença entre nós agora e como provar que ainda te amava como antes após tantas atrocidades cometidas? Não perdi tempo te coloquei nos braços e nos beijamos. Doce e adorável beijo reencontrado no acaso do destino, meus olhos ficaram rasos d´água. Todavia os seres humanos não vivem de sonhos e mentiras e a verdade deu-nos uma surra e o medo da perda afligiu-me o peito. Você falou que não poderíamos mais nos ver que outra vida estava em jogo, um jogo que perdi quando te deixei é óbvio. Mas o guerreiro que me tornei não abandona a luta antes de fincar a espada no próprio peito e prometemos nos ver outras vezes.

Covarde mais uma vez tive medo da solidão e entreguei-me novamente em braços estranhos, o vício do amor falso é o pior de todos. Soubeste do intento e a fúria alimentou sua alma, desculpas pedi e negastes, ajoelhei-me ao teus pés e humilhado fui pela tua raiva, clamei misericórdia porque já não tenho mais idade jovem viril para tanto sofrimento e teu olhar não fitava outro lugar senão o infinito da incerteza.
Sai do teu caminho mais uma vez, comecei a convalescer no estábulo da pobreza espiritual, as dores da alma era pior do que as dores da carne, me sentia imundo nas palavras fora de ordem e a música que nos uniu um dia era agora a canção de nossa despedida. Quando você soube de notícias minhas, largou o rancor e benevolente correu ao meu encontro mas já era tarde e não tínhamos tempo para o abraço, o carinho e o único beijo que sentia era da morte próxima da minha alma. Tuas lágrimas expurgava minhas máculas e sentindo-me mais leve pude abrir a boca e dizer as últimas palavras: - Me perdoa se for capaz e segura minha mão para que eu não venha ter medo da nova jornada... Te amo!!!

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Retalhos - Poesia de Fernando Matos


RETALHOS

Eu não te perdi... foi a minha inteligência
que estava um degrau abaixo
da tua apoteose de hipocrisia.
Sejamos Verdadeiros, embora separados.

Não estou triste pelo nosso desencontro,
vivo contente porque a Verdade ficou.
A vírgula que preencheu  minha Vida,
restou apenas um ponto final
que destes em nossos beijos.

A música espera por nós.
A bebida que acaba,
pede gelo de nossa distância.
Estou aqui, chego já ali...
estou distante e não te vejo mais nas paisagens.

A boemia acolheu-me quando
você abandonou nosso espaço.
O copo de cerveja escondeu
para sempre toda ira que desejava
te jogar na face transparente.

Nem sempre o numero (1)
quer dizer o inicio de tudo.
Assim também um adeus
não pode profetizar uma grande despedida.
A covardia do silencio existe,
para não macular a minha verdade.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

COMPASSO PERNAMBUCANO - Poesia de Fernando Matos



Saio da minha Torre medieval
no destino ao nobre bairro mais antigo
de novos habitantes.
O Recife é brilho, é luz
que transborda no calor humano,
no olhar de alegria e euforia.

A música que me conduz ponte
após ponte à cidade maurícia
que saúda a folia mais pernambucana...
Sua Majestade o Frevo.
Chegando na Mariz e Barros os corações
batem em um só ritmo que faz
tremer... As batidas fortes do maracatu
segue o percurso certo
regido  pelo Mestre Maior
Naná Vasconcelos anunciando ao Marco Zero
o  início do prazer imaginário.

O dia amanhece devagar,
na calma do divertimento feliz
e os brincantes jovens aprendizes
se refazem energizando suas coloridas sombrinhas
saudando o Galo nas artérias
recifences.

Uma gente que esconde suas mágoas
em fantasias divertidas e irreverentes
mostrando em gestos glamourosos o
autêntico folião... Entre blocos e troças
O Anárquico Nois Sofre mas Nois Goza
desfilando a felicidade de Tarcísio Pereira e amigos
numa só emoção de 37 anos.

O Samba Pernambucano mostra ao
mundo a beleza da voz
guerreira de Karynna Spinelli
na raiz da música mais brasileira.

Os bonecos de Olinda
majestosamente encantam e
transborda de beleza nas ladeiras
da cidade histórica.
As performances que irão perdurar
na fotografia popular do
imaginário folião.

Na geometria do maracatu,
cabocolinho, samba e outras
manifestações artísticas e a
certeza que o Recife Multicultural
abriu suas pontes para unir todos os povos
que finaliza cantando com Getúlio Cavalcanti
O “Último Regresso” dizendo  “que o Recife tem,
o carnaval melhor do meu Brasil”.
No compasso da alegria a magia
fecha o portal entre a imaginação e a razão
humana deixando saudade
entre corações de graciosos brincantes.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano
http://poetafernandomatos.blogspot.com.br/


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Corações - Poesia de Fernando Matos


Corações

Retorno da minha boemia
poética com a lucidez
e estupidez de quem se
embriaga com as palavras
mais incorretas que provocam
dor e nudez na alma peregrina.

No silencio caminho pelo
lar como gatuno assustado.
Dispo-me da minha literatura
nua e crua e encarno o sonambulo
da noite gelada.

Deito, abraço e sinto o cheiro
mas a carne perdeu seus sentidos
e encolhido ,perdido entre lençóis
sou surpreendido pelo calor do
astro rei e despertando-me das
minhas alucinações noturnas.
Vejo que nunca existiu dois
corações, apenas um, solitário
e inquieto nas estradas das letras.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano